quarta-feira, 1 de maio de 2013

Diferente não é quem pretenda ser

Olá boa tarde gente que eu gosto!!! Você é uma pessoa "normal" ou "diferente"?
Eu sempre fui diferente. Não fisicamente, interiormente. Minha maneira de pensar sempre destoou dos demais que viviam ao meu redor mas, a diferença mais gritante era com os membros da minha família. Muitas vezes me questionava se eu era mesmo filha dos meus pais e irmã das minhas irmãs...Com o tempo e o meu amadurecimento, pude perceber que, em toda família sempre há um diferente. Em todo grupo sempre há um que não pensa igual, mas tudo isto é natural e não deve interferir na sua interação com os demais. Tudo tem uma razão de ser...
Vamos refletir um pouco com o texto abaixo:

O PREÇO DE SER DIFERENTE

"Diferente não é quem pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.

Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados para os outros, que riem de inveja de não serem assim. E de medo de não aguentar, caso, um dia venham a ser.
O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.
O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças, mortas. Um diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.

Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem.

Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porque de quem o agride. Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.

O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer – alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual: a inveja do comum; o ódio do mediano. O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo.

O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em: "Puxa, fulano, como você é complicado". O que é o embrião de um estilo próprio em: "Você não está vendo como todo mundo faz?”

O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações, os quais acaba incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.

Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham. É o que engorda mais um pouco; chora onde outros xingam; estuda onde outros burram. Quer onde outros cansam. Espera de onde já não vem. Sonha entre realistas. Concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados. Cria onde o hábito rotiniza. Sofre onde os outros ganham.

Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer o gol, porque gosta mais de jogar do que de ganhar. Ele aprendeu a superar riso, deboche, escárnio, e consciência dolorosa de que a média é má porque é igual.

Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados, magros demais, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas erradas, cheios de espinhas, de mumunha, de malícia ou de baba. Aí estão, doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.

A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir-entender. Nessas moradas estão tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são capazes.

Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte, para suportá-lo depois."
Arthur da Távola

Beijinho e bom
resto de feriado!!!

9 comentários:

Penélope disse...

Grande senhor, Arthur da Távola. Seus textos sempre nos inquietam... Este é um deles.
Abraços

La Gata Coqueta disse...




Las palabras en silencio
son melodías de ternura,
refugio de sensaciones,
que sigilosas van en busca de emociones
para vestir la vida de alegres tentaciones...
...deteniéndose a perfumar los sentimientos,
con el aroma de las flores, que irán brotado
durante este mes de mayo.

Hoy mejor que ayer...
Un beso y una flor para ti!

Atte.
María Del Carmen




Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Amiga!
Em primeiro lugar, quero agradecer as tuas visitas e a tua paciência.
Só agora pouco consegui resolver o problema dos comentários (cf. e-mail).
Eu também me considero diferente. Beeeem diferente. Em alguns casos, quase uma ET, amiga! kkkkk
Beijocas, muitas!

Verena disse...

Lindo texto, amiga
Pessoas sensíveis e amorosas, como você, se tornaram raridade por esta razão são consideradas diferentes
Um beijinho carinhoso de
Verena e Bichinhos

Tunin disse...

Sabe que eu me questionava a respeito de ser ou não filho dos meus pais? Sempre pensava lá na frente e eles não entendiam isto. Só na idade jovem madura é que fui tirar isto da minha cabeça.
Belo o texto do Távola.
Abração.

Berço do Mundo disse...

Excelente reflexão, apesar de toda a gente, num momento ou outro da vida, se sentir um extraterrestre.

Um abraço e um doce fim-de-semana
Ruthia d'O Berço do Mundo

Anónimo disse...

Oi, Marineide!

Tudo bem?

já procedi ao que me aconselhou, e que deu certo.
Li o texto, super interessante, postado aqui, mas ainda não estou postando em meus blogs, nem comentando os seguidores.

Talvez poste, hoje, ainda. Vamos ver. Depois voltarei, tá?

BFS.
Beijos da Luz e obrigada pela dica.

Anónimo disse...

Oi, Marineide (Marineide ou Márcia)?

Li o texto de Távola, e como sempre, a inteligência do autor e a intensidade das suas palavras, dão corpo ao que lemos.

Como Professora, lido muitas vezes, com o diferente, e como estudei Psicologia, que não exerço, também entendo e nem questiono a diferença.

Ser diferente é ser diferente e ponto final.
Não temos o direito de apontar, de dar diretrizes, de opinar, nesses casos.

Tenha um lindo domingo.
Beijos da Luz.

PS: novo post no "Luzes e Luares". Passe lá, tá? Obrigada.

La Gata Coqueta disse...



La vida nos ha regalado
un nuevo día,
para que lo rellenemos
de momentos felices,
como lo pueden ser...
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Compartir besos y abrazos
entre los amigos y conocidos.
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Que tengas un genial domingo
que contigo estoy compartiendo
y un feliz día de la madre
que en España hoy celebramos!!
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Un abrazo con ternura
y un beso con dulzura
para ti!!
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Atte.
María Del Carmen


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