segunda-feira, 7 de março de 2011

"NÃO É VOSSO MÊDO DA SEDE, QUANDO VOSSO POÇO ESTÁ CHEIO, A SEDE INSACIÁVEL?"


Uma belíssima reflexão de KALIL GIBRAN!
Um dia de paz e uma semana de muitas realizações!
                                                              
"Temos mêdo de tocar o vento com a sensibilidade de nossas mãos, acostumados como ainda estamos a manipularmos formas rústicas, visíveis e rigidas.
                              
Somos ricos e ansiosos por  novas riquezas, por isso a sensação  de pobreza interminável.
                              
Somos o vaso escolhido para a morada do amor, mas ainda estamos presos às velhas concepções de que nascemos para recebermos a visita do  amante ideal que nunca vem como esperamos que venha.

Nunca estamos onde queremos estar, pois sempre estamos onde não devemos, por isso tememos as revelações que destróem nossas verdades.

Quantas vidas gostariam de estar em nossas vidas?.  Quantos olhos gostariam de ver com a luz de nossos olhos?. Quantas bocas querem o alimento que não mais queremos?.

Há sonhadores esperando pelos nossos sonhos.  
Há pão em nossa mesa aguardando por míseras mãos. 
Há água demasiada armazenada em vasos dourados e que raramente dela nos servimos. 
Nossas bolsas estão cheias de valores que já esquecemos de usar. Nossas palavras de gratidão recolheram-se, assustadas com o descaso e a descrença da multidão.  Não damos mais "bom dia" à vida porque muitos seres humanos nos observam assustados e confusos.

Que arrependimento imenso temos quando olhamos a luz das estrêlas dependuradas em árvores desfolhadas que não aprendemos a conservar.
Temos mêdo que nossos poços se esvaziem, por isso os cercamos de cuidados exagerados e, ainda assim, continuamos sedentos.
Criamos muralhas fortificadas ao redor de nossos trigos e, ainda assim, não nos alimentamos o  suficiente.

Mas ainda é tempo.  Ainda é tempo de recolhermos as flôres armazenadas imprópriamente e distribui-las entre as mãos anônimas dependuradas nas esquinas barulhentas..........e solitárias.

Que a sede que ainda sentimos nos faça ver que podemos beber na fonte da eterna juventude. Basta percebermos que fomos nós mesmos que impedimos o desabrochar de nossos melhores dons, segurando o fluxo natural do amor".
  (KALIL GIBRAN)

Um ótima semana!


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