domingo, 15 de janeiro de 2012

O TEMPO

Uma das coisas mais intrigantes da vida é termos que lidar com o tempo.
O tempo... Como definir essa grandeza? A resposta não é óbvia. Requer uma análise mais aprofundada, coisa que hoje pouca gente se dispõe a fazer... por falta de tempo.
O tempo passa mais devagar? Como é possível isso? Pode o ritmo do tempo alterar sua pulsação sob determinadas circunstâncias? O tempo, aliás, pulsa realmente?
A ciência tem se preocupado com várias indagações sobre o tempo, algumas que são feitas também pelos filósofos: se o tempo é absoluto, se é finito ou infinito, por que ocorre somente numa direção, e até se seria possível "viajar" no tempo.
Danuza Leão escreveu uma crônica sobre este assunto que, de  tão amplo e subjetivo  pode ser estudado pela ótica espiritualista, científica, histórica, entre outras.
Espero que vocês tenham tempo para ler o texto todo.



"Qual de nós não foi mais feliz do que agora? E se não éramos, achávamos que iríamos ser um dia.

A coisa mais misteriosa que existe: o tempo.

O tempo acaba com tudo: com as árvores, com as montanhas, com as pedras, com a água -que se evapora-, com os sentimentos, com os bichos, com os homens.

O tempo acaba com o vigor físico, com o paladar, com o olfato, com o interesse pelas coisas; com a vontade de viajar, de comprar uma roupa nova, de reencontrar um velho amigo, até com a vontade de viver. É cruel, o tempo.

Quem se salva do passar do tempo? Os que não pensam, talvez, ou talvez os que só pensem no momento, aquele que estão vivendo; mas mesmo assim podem pensar que já viveram momentos parecidos e muito melhores que nunca mais vão se repetir, por culpa do tempo.

Qual de nós não foi mais feliz do que agora? E se não éramos, achávamos que iríamos ser um dia, quando tivéssemos mais dinheiro, quando encontrássemos o verdadeiro amor, quando tivéssemos filhos, quando eles crescessem, quando, quando, quando. E agora, você espera exatamente o quê, e a culpa é de quem? Apenas do tempo.

Dele, nada escapa: é o tempo que acaba com os grandes amores, e com os grandes entusiasmos que não resistem a ele, que passa e passa. Não são as coisas que passam: é ele.

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