Nasceu em Lisboa em 1888 e em 1896 deixou Portugal. Viveu durante 10 anos da África do Sul, onde estudou em uma escola britânica, chegando a ganhar um prêmio pela sua fluência naquele idioma. Dedicou-se a literatura inglesa e, de volta a Lisboa , ingressou no curso de Letras, abandonando-o um ano depois. Vivia como correspondente estrangeiro de empresas comerciais. O poeta dedicava todo seu tempo livre ao estudo de filosofia e, paralelamente exercia atividades literárias, publicando artigos polêmicos em uma famosa revista portuguesa chamada “Águia”. Fernando Pessoa era um ser diferente dos demais, pois, vivia e entendia a vida bem à frente de seu tempo. Também estudou astrologia, Teosofia, interessou-se por práticas mediúnicas e era membro da sociedade esotérica Rosa Cruz. Em toda sua obra pode-se notar a incorporação dessa veia mística, especialmente no livro “Mensagens”. Pessoa foi um dos integrantes de um núcleo de artistas que lançaram o Modernismo português, movimento este, marcado pela publicação da revista Orpheu.
Provavelmente por não ter sido compreendido como gostaria e, por não ter encontrado um grande amor, Pessoa morreu solteirão e boêmio, de cirrose hepática, em um quarto de hotel em 1935. Sua obra começou a ser largamente publicada e conhecida na década seguinte e, hoje, este grande artista é reconhecido universalmente. È o único escritor que introduziu o fenômeno da “heteronímia” na história da literatura, mas este é um tópico que merece ser tratado à parte. Falaremos deste assunto em uma próxima oportunidade. Quero deixar aqui, minha homenagem e reverência a este extraordinário poeta.
Um abraço a todos
"Onde você vê um motivo pra se irritar,
Alguém vê a tragédia total
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.
Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...
Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.
Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.
E que é inútil querer apressar o passo do
outro, a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.
"Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura."
(Fernando Pessoa) "
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