domingo, 11 de maio de 2014

MÃES PRECISAVAM SER ETERNAS...


Desejo a todos um feliz dia das mães!
O meu está sendo ótimo, só minha filha não pode estar aqui comigo mas almoçamos todos em família e minha mãe, é claro estava presente.
Deixa eu contar um pouco sobre minha mãe:
O nome dela é Elvira, nasceu na cidade de Ingás/SP (Distrito de Nova Granada), no sítio. Trabalhou na roça, aprendeu corte e costura e dava aulas para as mulheres da região.
Minha mãe sempre gostou de aprender e de se informar. Ela queria estudar, porém, naquela época era impossível, já que isto implicava ela ter que sair de casa e ir para alguma cidade vizinha. Por este motivo somente meu tio Helio, o único irmão de minha mãe saiu para estudar fora de casa.
Mas com muita força de vontade e curiosidade,  minha mãe exercia várias tarefas na cidadezinha em que vivia. Ela aplicava injeções, cortava cabelos, fazia permanentes, costurava e ajudava os pais na plantação e deveres de casa. Casou-se muito cedo com meu pai, que vinha de uma família numerosa e morava na mesma região.
Meus avós, segundo minha mãe nunca se entenderam bem e haviam brigas constantes em casa, coisa que a deixava muito aborrecida. Desde criança ela tinha desmaios, cuja causa jamais foi diagnosticada. Este problema cessou a partir de quando deu a luz a sua primeira filha, cujo parto foi muito complicado. O médico avisou meu pai de que só poderia salvar uma das duas, e então eles pediram que salvassem a minha mãe. Naquele tempo o parto era feito em casa, não havendo qualquer recurso clínico para estas complicações. No entanto, o médico que a atendeu era devoto de Santo Antonio e de Santa Terezinha e fez uma promessa: Se conseguisse salvar a mãe e a criança, esta se chamaria Antonio ou Terezinha. É claro que ele pediu o consentimento dos meus pais primeiro. E assim, depois de muita luta e sofrimento, minha irmã nasceu e ambas sobreviveram. Minha irmã se chama Terezinha em agradecimento à Santa. 
Quatro anos depois minha mãe engravidou de mim, mas não estava preparada para passar por mais um parto, assim sendo passou toda a gravidez com medo de que o parto fosse igual ao primeiro. Este fato marcou a minha vida porque, eu cresci me sentindo rejeitada e ao mesmo tempo eu rejeitava minha mãe. Passei boa parte da minha vida me sentindo muito culpada porque minha mãe era uma pessoa muito querida por todos que a rodeavam. Só bem mais tarde eu comecei a procurar ajuda junto aos profissionais especializados. Fiz terapia, procurei psicologos, parapsicologos e tratamentos holísticos. E foi em uma seção de regressão que eu matei a charada. Descobri que minha mãe não me rejeitava mas tinha medo de um novo parto, que acabou se realizando sem maiores complicações.
Felizmente tudo foi esclarecido numa longa conversa que tive com minha mãe e ela pode me contar em detalhes tudo o que ocorreu. Eu a perdoei, a compreendi e a situação em relação a ela mudou totalmente. 
Gosto de contar este fato para que muita gente que tenha problemas com os pais vá procurar ajuda. Vale a pena descobrir os "porquês", isto nos trás um grande alívio e pode resolver uma série de problemas familiares.
Depois que nasci, passados quatro anos veio minha irmã caçula, a Odete. Fomos criadas com muito respeito e amor e temos uma grande admiração por esta mulher guerreira e batalhadora que soube nos dar uma boa educação. 
Aproveito a oportunidade pelo dia das mães para agradecer a Deus pela minha família e principalmente por esta mulher incrível que é minha mãe!
Sempre que posso a homenageio com algum poema, mas hoje resolvi contar um pouquinho da sua história para que todos saibam que mãe maravilhosa eu tenho!

Obrigada dona Elvira!!!!
 Te amo muito!!!!

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